Ontem, Patricia e a filha XX tiveram
um embate. Não posso citar nome de menores; embora o Governo tenha votado pela
maioridade penal, sou contra. XX cismou que só tinha um short que lhe caía bem,
mas justamente esse estava de molho no balde. Ao que parece, o estado líquido
da veste não era um dado que fizesse a jovem desistir do figurino. A mãe avisou
que a infeliz não ia sair vestida de H2O. Como toda adolescente, XX
é bocuda e retrucou na lata: tou de
Carefree. No toma lá, dá cá, a progenitora também não saía perdendo, tinha
feito curso de Direito e era muito boa em argumentação, de modo que, para
defender seu ponto de vista, entrou na área da Biologia. Esclareceu que estava
ciente de que a perereca era um ser anfíbio, mas apostava cinco contra um que
havia grandes chances de a dita-cuja contrair um resfriado. Um absorvente fininho
de uso diário, de certo, era proteção insuficiente.
Ocorre que, em algumas partidas, a
contagem de pontos não é razoável. Por exemplo, em um jogo de tênis, o primeiro
ponto é o 15, o segundo ponto: 30. Até aqui tudo ok, estamos nos múltiplos de
15. E aí vem o terceiro ponto: 40? Que nexo tem? Eram analfabetos matemáticos
os inventores do jogo? E o quarto ponto, o que fecha o game, que nem número tem? Por isso que JC sempre diz que só entende
competições em que ganha quem chega primeiro. E naquele ringue onde duelavam mãe
e filha, ninguém chegava a lugar algum.
Porém,
para passar pela porta, a “de menor” precisava ceder um pouco. Analisando
friamente a situação, XX recuou um passo e foi, vestida com o tal short aquático,
secar os países baixos. Como? Com o secador. E antes que XX testasse como
segunda opção a sanduicheira, Patricia entregou os pontos e deixou a filha e o
short irem para night.
Contam
que uma vez, ao sair do teatro, perguntaram à escritora de folhetins Janete
Clair o que ela havia achado da peça. A grande autora de novelas da TV
brasileira, muito prática, respondeu: que pena gastar um enredo tão bom em
apenas duas horas! Pois a vida imita a arte, ou melhor, as telenovelas. A
história tinha mais um capítulo. E no dia seguinte, não foi preciso nem esperar
o horário nobre... antes do almoço, a mãe encontrou pedaços de cigarro no bolso
do tal short.
Patricia
é uma mulher democrática, ela defende que cada um tem direito a sua opção alimentar,
política, sexual, religiosa, literária, sexual, e futebolística. Mas fumar não
é uma escolha, é uma burrice! Assim, justificadamente iracunda, digitou uma
mensagem para XX, que estava na escola, comunicando que a jovem estava de
castigo. A criatura respondeu por WhatsApp que o cigarro era da amiga (que não
tinha bolso) e que nem deu para fumar, porque estragou no short molhado...
Compartilhando essas histórias com Marcia Cristina e arrancando boas risadas dela hahaha
ResponderExcluirParece que você ganhou mais um fã!
Adorei receber o link do blog de presente. Tem sido o entretenimento das mamadas da Frida, que recém completou um mês. Essa história por enquanto é minha preferida. Talvez por estar curtindo esse momento maternal. Mas a do Boceto do Picasso... Rio muito!
ResponderExcluirXX, como sempre, artimanhosa, essa garota vai longe!
ResponderExcluirAHAHAHAHAH o carefree como solução plausível é um resumo da pretensão e sapiência adolescente! tô chorando de rir! hahaha
ResponderExcluir